SALTIMBEMBE MAMBEMBANCOS é uma festa popular em que os palhaços se apresentam como artistas saltimbancos, formando uma roda na praça para exibir suas habilidades, músicas e divertir as pessoas.
Veja o Teaser do Espetáculo
Saltimbembe Mambembancos é um espetáculo brincante que representa a essência da linguagem desenvolvida pelo grupo Rosa dos Ventos, com interpretação livre de artistas cômicos populares e verborrágicos, improvisadores por opção, influenciados pelo teatro, circo, palhaço de circos pequenos e principalmente pelos artistas de rua, puladores de arco da faca, vendedores de pomadas milagrosas, telepatas e repentistas que viajam de cidade em cidade vivendo de sua arte.
Veja o vídeo Completo do Espetáculo
FICHA TÉCNICA
Elenco: Fernando Ávila (Dez pras Sete)
Luis Valente (Tiuria)
Robson Toma (Nicochina)
Tiago Munhoz (Custipíl de Pinoti)
Texto: Grupo Rosa dos Ventos
Direção: Grupo Rosa dos Ventos
Música original e sonoplastia: Robson Toma
Linguagem: Circo, Teatro de Rua e música.
Estréia: Maio de 2005
Cenário: Deva Bhakta e Grupo Rosa dos Ventos
Duração: 60 minutos
CURRÍCULO DO ESPETÁCULO
Estreia: Maio de 2005
Prêmios:
9° Festival Nacional de Teatro de Limeira - 2013
- Melhor espetáculo de teatro de rua / Melhor maquiagem / Menção Honrosa
3° Festival de Teatro de Ibirá - 2013
- Melhor espetáculo de teatro de rua / Melhor Sonoplastia
1º Festival Nacional de Teatro de Rua do Cabo de Santo Agostinho - PE. - 2012
- Melhor espetáculo Juri popular
5° Festival Nacional de Teatro Juiz de Fora 2011
- Melhor Trilha Sonora: Robson Toma
Festival Nacional de Teatro de Guaçuí ES -2010
- Melhor espetáculo – Júri Popular e técnico
- Melhor ator – Prêmio dividido por todo o elenco
- Melhor Trilha Sonora -Robson Toma
PROJETOS:
• Circuito Cultural Paulista - 2009 e 2011
• ProAc Edital n° 02 – 2011– Circulação SaltimbembeMambembancos
• ProAc Edital n° 05 - 2009 Manutenção de espetáculo Circense.
• Circuito SESC de Artes 2013
FESTIVAIS:
• 4º Encuentro de circo y circo-teatro CIRCO EN ESCENA em Córdoba no dia 2010.
• Mais Teatro em Cascavel - PR – SESC – 2014
• 3º Festival do Nariz Vermelho em Londrina - PR – 2014
• 1º Festival de Circo de Juiz de Fora- MG – 2014
• VII Mostra de Teatro de Rua de Barueri– 2014
• Festival Paulista de Circo em Piracicaba SP - 2014
• Janeiro Brasileiro da Comédia – São José do Rio Preto – SP 2014.
• 7º FESTCAL – Festival Nacional de Teatro do Campo limpo em São Paulo – SP no dia 2012 e 2014.
• III Mostra de Teatro Lino Rojas em São Paulo – SP no dia 09 de novembro de 2008 e 2013
• Festivale – Festival de teatro do Vale do Paraíba – 2013
• Virada Cultural da cidade de São Paulo – SESC Belenzinho – 2013
• Programa Boa Praça no Rio de Janeiro – RJ - 2012.
• VIII Festival de Circo de Londrina – PR 2012.
• Festival de Inverno de Garanhuns – PE 2012.
• 7° Festival Palco Giratório em Porto Alegre – RS 2012.
• 1° Festival Nacional de Teatro de Rua de Cabo de Santo Agostinho PE 2012.
• 34° FETEL – Festival Nacional de Teatro de Lages SC nos dias 2012.
• Amazônia Encena na Rua em Porto Velho RO 2011.
• 16° Floripa Teatro – Festival de Teatro Isnard Azevedo SC 2009.
CRÍTICA: Festivale: Um momento de arrebatamento
Alexandre Mate Prof. Dr. do I. A. da UNESP São Paulo
O mel da alegria é produzido no SaltimbembesMambembancos com a ajuda dos joseenses
Bem próximo ao Anfiteatro do Parque da Cidade, em um pequeno espaço desativado de luminária, abelhas brasileiras montaram sua colmeia. Elas recolhem das flores o pólen que, na condição de matéria-prima fundamental de sobrevivência, se transforma, a partir de muito trabalho, em mel. Sobrevivência açucarada! Assim como as abelhas, mais de 300 pessoas abandonaram outros prazeres de domingo para pousar no já mencionado espaço de representação, e ali, em espécie de enxame, construir uma colmeia de alegria. A matéria-prima dessa metafórica transformação ocorreu durante o espetáculo SaltimbembeMambembancos apresentado por mestres da alegria do grupo Rosa dos Ventos, de Presidente Prudente (SP).
No sempre inspirador Parque da Cidade, em dia de temperatura agradavelmente amena, por cerca de 60 minutos, o riso foi ensurdecedor e a alegria partilhada. Já no processo de esquentamento, o grupo ganha o público em razão da verve histriônica e verborrágica dos palhaços. Eles, como se dizia até a bem pouco tempo, tiram sarro de tudo: qualquer coisa é motivo de comicidade. Eles riem dos companheiros, do público, das situações, de si mesmos. Como os mudos, que por meio de sinais característicos nomeiam as pessoas, os palhaços do Rosa dos Ventos, dão apelidos a todos: jovens, idosos, adultos e crianças, mas ninguém se ofende. Feitos abelhas-rainha em uma colmeia, os palhaços “rosaventeantes” sabem e conhecem o seu ofício: entrega total, (des)limites, senso de oportunidade e transformação do menor fragmento em ação cômica e partilhada.
Por meio de velhas reprises (números tradicionais circenses), os cinco palhaços da companhia, sobretudo Fernando Ávila, Gabriel Mungo e Tiago Munhoz, apresentam acrobacias, malabarismos, esquetes cômicos, misturadas a uma infinda potência expressiva e comunicacional. Nesse processo, o público se entrega e participa sem qualquer reserva. O espetáculo, que vai num crescente, transforma-se em um fenômeno que revela a infinda e maravilhosa capacidade de os seres humanos entrarem em comunhão, celebrando o encontro feliz, prazeroso, zombeteiro, no qual todo mundo ri de todo o mundo.
Fundamentado em muitos expedientes dos brincantes populares, o espetáculo, desde o começo, recebe e coloca em evidência muitas pessoas do público que, em números diversos, ganham destaque e função protagônica. Assim, além do imenso prazer e felicidade decorrentes de viver aquele momento e poder participar daquele tipo de celebração pelo riso e felicidade, acalentei um real desejo de que os artistas populares ou de experiências performativas pudessem estar ali, assistindo à lição passada por aqueles artistas do entretenimento popular.
Do conjunto de acertos apresentados pelo grupo, é preciso destacar de criação e direção musical de Robson Toma (o China). Trata-se de um multi-instrumentista. A trilha pontua, chama a atenção, acompanha, destaca, funciona como personagem no espetáculo. Em alguns momentos e passagens do espetáculo, ao perceber a música e olhar para o China, seus dedos, pés e boca tangiam instrumentos... Não se trata de um palhaço-instrumentista, mas de um senhor instrumentistas arranjador, impulsionador de bons palhaços.
Tarde magistral, de encantamentos, de certeza de que a aldeia humana de que fazemos parte pode ter no riso e na alegria seus combustíveis mais eficazes contra um mundo sem solução. Por último, até o terceiro dia de apresentação de espetáculos da 28ª edição do Festivale, é preciso registrar que a comissão de seleção acertou na totalidade das escolhas.
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